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  • Foto do escritorWalter Sabino

Charlote Linlin (Big Mom) e o perigo de se ter tudo o que quer.

Em um artigo anterior, eu citei como a Big Mom (Charlote Linlin), de One Piece, era o retrato quase impecável de uma ditadora comunista. Agora, irei tratar dela de uma forma pessoal, demonstrando como uma de suas maiores falhas de caráter é de um enorme aprendizado para nós: o quanto que ela não admite não ter o que ela quer.


Sim, a Linlin, desde criança, era do jeito que ela adulta: enorme, gorducha e com um apetite insaciável por doces.


E feia, diga-se de passagem...


Mas este nem de longe era o maior problema com ela. A gula dela por doces não era a "gula normal" que uma criança tinha por doces: era algo bem mais "incontrolável".. Ela conseguia acabar com um prato inteiro em poucos segundos e, não satisfeita, ainda pegava os dos outros. Linlin era a gula encarnada em todos os sentidos, como se pode ver na sequência abaixo, aonde ela prova o doce chamado "semla" (algo parecido com um "sonho de noiva") pela primeira vez..

Se até crianças esfomeadas se assustam com seu apetite, tem algo muito errado aqui..

Ela não só comia um prato cheio de doces em pouco segundos como tirava dos outros e nem os adultos conseguiam conter ela, já que ela era muito forte. Mas o maior problema da Linlin era quando ela desejava fortemente um tipo específico de doce, como, por exemplo, quando eles passaram por uma espécie de jejum religioso e ela não resistiu de querer comer mais "semla" e teve um de seus ataques de "larica", onde ela entra em um estado de semi consciência e sai destruindo tudo em volta enquanto não obtiver o seu desejado doce da vez.. E boa sorte tentando conter ela pela força, pois o gigante que tentou acertar ela com uma espada teve a espada destruída e foi derrubado por ela!


Não se fazem mais gigantes como antigamente..


Então, a única coisa que fazia ela parar era dar o doce que ela queria, no caso, o semla. Ela comia e depois simplesmente caía no sono, acordando logo depois sem lembrar de nada.


Uma pessoa que não se lembra de cometer calamidades é bem perigosa.


O gigante atacado por ela já era bem velho, morreu, e a Linlin não se lembrava de que foi ela quem destruiu tudo e o matou quando ele tentou detê-la. Isso tudo já é muito ruim, se não fosse por uma "passapanista profissional" pra piorar as coisas: a senhora que estava cuidando das crianças, incluindo Linlin: a Madre Carmel.


Pessoal sempre tem que colocar uma freira neste contexto, hein? Você logo vai entender...


Madre Carmel era uma suposta "freira generosa" que cuidava de crianças abandonadas de várias raças, que cuidava de um orfanato na ilha dos gigantes chamado de "Lar dos cordeiros", aonde a Carmel reafirmava seu sonho utópico, inviável e hipócrita de criar um local "sem discriminação, onde todo mundo é igual", que acabou virando o sonho utópico da própria Linlin. Por causa disso, a freira era uma profissional "passapanista", como citei acima, já que frequentemente implorava pro pessoal perdoar Linlin pelas várias coisas erradas que ela fazia de forma ingênua e sempre chamava ela de "boa menina", como se estivesse reforçando seu comportamento. Ela fez isso, inclusive, no exemplo acima onde ela destruiu a cidade e matou o gigante que tentou impedir ela.

Não confunda "abandonar" com "passar a mão na cabeça dela"....


Ela já havia, em vários outros momentos, deixado passar Linlin comendo demais, comendo a comida dos outros e machucando pessoas e até animais quando estava tentando "fazer justiça" da forma ingênua dela. A madre, ao invés de desencorajar o comportamento dela, apenas intervia pontualmente enquanto continuava dizendo que Linlin era "uma boa menina". Além disso, ela nunca revelou a Linlin que foi culpa DELA da cidade ser destruída e o gigante ter morrido.

Aqui, por exemplo, Linlin apartou a "briga" de um urso com um lobo e forçou eles a ficarem juntos EM UMA JAULA para "serem amigos", mas a realidade sempre fala mais alto e o urso comeu o lobo. Então, a ingênua pacifista Linlin puniu o "urso mal" e ele morreu em um golpe...


Baita "ursinho", hein?


Ao invés da Carmel explicar que é da ordem natural que ursos comam animais menores, que alguns seres "não podem conviver" e que isso é a realidade, Carmel simplesmente apenas reforçou as "boas intenções" da Linlin e passou a mão na cabeça dela, como sempre..


Foi sem querer, querendo..


Assim, repetidas vezes, a Carmel não fazia Linlin entender suas atitudes erradas, sempre perdendo oportunidades de educar ela. Assim, não só ela sempre tinha as coisas do jeito dela, como nos casos aonde ela tinha "ataques de Larica", o fato de ela só se aplacar com o doce desejado continuava reforçando eternamente que ela sempre "teria o que desejava", mesmo que isso custasse o patrimônio e a vida das pessoas. A prova viva de que ela poderia impor limites, se quisesse, era que quando ela feria seus amigos do orfanato por querer "ajudar eles", ela a corrigia, já que, ali, ela iria perder suas preciosas crianças (você irá entender logo abaixo o porquê disso, e não é um bom motivo!)..



Então, em vários momentos, ela passava a mão na cabeça da Linlin, quando em outros, não. Porque? Porque a madre era uma fraude: ela era uma traficante de crianças órfãs, e Linlin era uma mercadoria muito especial para ela!


Sempre tem que ser freiras com aparência de piedosas, mas monstros por dentro. Um ataque claro ao catolicismo aqui..


Ou seja, ela só corrigia Linlin nas partes que se referiam às outras "mercadorias" delas, afinal, precisava dos órfãos intactos para serem comercializados. E a Linlin ela deixava do jeito que era para que ela continuasse como um ser perigoso e pudesse ser controlada com o ideal alienante dela de "igualdade e pacifismo". Ironicamente, a Linlin continar sendo assim foi ruim pro Governo Mundial e ela continuou "forçando pessoas em prol da paz utópica dela" e se tornou a Big Mom citada no artigo anterior.


Façam como eu quero e o paraíso virá. Ass: ditador comunista


Então, a Linlin, que era apenas uma criança ingênua e problemática, que poderia ser devidamente educada para lidar com a frustração e não ter tudo o que quer, nem como quer, acabou virando um monstro que quer tudo do jeito dela e, pior, acha que tem a receita do mundo ideal e, por isso, todos devem seguir exatamente o que ela quer, como um típico revolucionário utópico. Os piores ditadores tinham exatamente este perfil e aí nós vemos como é perigoso que uma pessoa tenha sempre tudo o quer: ela irá eventualmente impor isso ao mundo e, quanto mais perigosa ela for, pior (pro mundo)...


Então, nunca foi tão importante que pais e demais educadores imponham LIMITES às crianças e adolescentes e os façam entender, de uma vez por todas, que, não, NINGUÉM pode ter tudo o quer e NINGUÉM pode ter tudo do jeito que ele quer. As gerações futuras agradecem!






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